Cosmético é aquilo que é relativo à beleza
humana. Alguns produtos de higiene pessoal podem ser considerados cosméticos.
Os cosméticos são um excelente exemplo de como as
descobertas da Química fazem parte do nosso dia a dia. De fato, só a leitura da
composição de qualquer comum cosmético pode tornar-se numa aula de química:
água, emulsionantes, conservantes, espessantes, estabilizadores de pH, corantes
e fragrâncias várias, combinados em diferentes proporções, para diferentes
objetivos.
A utilização de cosméticos – ou seja, compostos
químicos destinados a melhorar a nossa aparência – não é um fenómeno recente.
Consta que a rainha egípcia Cleópatra tomava banho em leite, como forma de
manter a pele bonita e macia. O que provavelmente até resultava, porque está
comprovado que o ácido lático – um dos compostos químicos constituintes do
leite – atua sobre as camadas mais profundas da epiderme, promovendo a remoção
das células mortas e a renovação da pele.
Na
Grécia Antiga, usavam-se óleos para banho e outros produtos de embelezamento, mas
muitas mulheres sofriam de envenenamento por chumbo
porque usavam máscaras faciais que continham esse metal. Infelizmente,
sabemos hoje que o carbonato de chumbo é tóxico e é possível que a busca da
beleza tenha custado a vida a algumas destas mulheres.
Na Roma Antiga, fabricavam-se pós para tornar a pele mais alva, carvão para delinear os olhos e pintar cílios e sobrancelhas, carmim
para as faces, produtos abrasivos para clarear os dentes
etc. Os óleos consumidos eram produtos naturais, como os que se obtinham do azeite de oliva; os perfumes, usados tanto por mulheres como por homens,
extraíam-se de flores ou especiarias, com resinas
naturais empregadas como fixadores.
Cosméticos
para o rosto, tinturas para o cabelo, perfumes e sais de banho já
eram utilizados na Europa durante a Idade Média. Atribui-se a Catarina
de Médici a introdução do uso de perfumes na França. As civilizações orientais faziam amplo uso dos
cosméticos, bem como os povos indígenas da América e da África.
Em muitos casos, estes diferentes produtos
cosméticos têm uma forte componente de inovação científica, desenvolvida nos
mais modernos laboratórios de investigação. Basta dizer que a indústria de
cosméticos foi uma das primeiras a adaptar os novos recursos da nanotecnologia,
através do uso de nano partículas para melhorar a qualidade dos seus produtos e
satisfazer os anseios dos seus clientes.
A
fabricação de cosméticos e produtos de toalete não exige em
geral vultoso investimento de capital, sendo alto o valor da mercadoria em
relação ao custo de produção. Dentre os maiores produtores mundiais de
cosméticos encontram-se os Estados Unidos e a França; esta se destaca sobretudo na produção de perfumes.
As nano partículas são partículas de dimensão
intermédia entre a escala dos átomos e a dos materiais macroscópicos. Qualquer
coisa como mil vezes maior que o diâmetro de um átomo e mil vezes menor que a
espessura de um cabelo.
Esta característica confere-lhes propriedades
únicas, e que podem ser moduladas pela alteração do tamanho.Exemplos típicos da aplicação de nanotecnologia
em cosméticos são as nano partículas de dióxido de titânio nos protetores
solares (que conferem uma proteção completa sem o efeito de camada branca sobre
a pele), a utilização de nano partículas de lípidos sólidos para libertação
lenta de fragrâncias em perfumes, ou a criação de nano vesículas como
transportadores para garantir uma melhor penetração dos ingredientes ativos na
pele.
Produzido por: Victor Hugo Almeida